Emissão Acústica

A inspeção por emissão acústica é um método de inspeção global para detecção de atividade de emissão acústica. Estas atividades estão relacionadas a trincas, corrosão, deformação plástica, deformação elástica, vazamentos e arcos elétricos em material isolante. Também pode ser aplicado a extensa faixa de materiais e espessuras, além de estruturas em operação, à temperatura ambiente ou elevada.

O PRINCIPIO DA TÉCNICA

O princípio físico da Emissão acústica técnica de inspeção é que o crescimento de uma descontinuidade provocado por um campo de tensão irá emitir um sinal sonoro. Este sinal é similar àquele introduzido pela inspeção ultrassônica. O sinal emitido viaja pela estrutura e é capturado por transdutores posicionados na superfície do equipamento inspecionado. A emissão acústica é capaz de detectar a propagação de descontinuidades internas ou que aflorem à superfície. A localização das descontinuidades pode ser estimada mediante os tempos de chegada dos sinais aos sensores. A localização precisa, assim como o tamanho e a orientação da descontinuidade, pode ser obtida com outras técnicas não-destrutivas.

A emissão acústica detecta descontinuidades que liberem energia de deformação quando a estrutura é tensiona da. Eventos tipicamente detectados durante a inspeção por emissão acústica incluem crescimento de trincas de fadiga, danos induzidos pela ação do hidrogênio, corrosão sob tensão, empolamentos, corrosão avançada e quebra de fibras em materiais plásticos reforçados com fibra de vidro.

A Emissão Acústica pode varrer grandes áreas de inspeção, normalmente não acessíveis por outros métodos, sendo deste modo ideal para a inspeção em tempo real em estruturas e componentes mecânicos de grande porte.

Possuímos equipamentos e softwares de tecnologia Russa, o que nos permite, aliar a experiência de 50 anos seja na fabricação de equipamento e inspeção em nossas análises.

Muitas vezes a emissão acústica pode ser aplicada para substituir o exame visual interno ou teste hidrostáticos, nos casos previstos na NR-13. Essa substituição é sempre acompanhada de uma análise de risco onde entre outros aspectos é considerado o mecanismo de dano atuante.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Os equipamentos de EA são do fabricante – RANIS/FORTECHLAB, Rússia. O sistema faz o posicionamento de sinais de EA (Na diferença de tempo de chegada de ondas elásticas para pelo menos 3 sensores no caso de uma localização planar) de acordo com os dados recebidos permite classificar os defeitos quanto sua intensidade. A precisão da localização das fontes de emissão acústica é igual à duas vezes a espessura do item avaliado ou 5% da distância do espaçamento do sensor, o que for maior. Os parâmetros de medição:

•     ARRIVAL TIME;

•    PEAK AMPLITUDE: O circuito mede o Peak Amplitude com uma precisão de ±1,5dB.O dinâmico utilizável é 85dB com 1dB de resolução sobre a frequência da banda utilizada. O valor da Amplitude é especificado e referenciado a um sensor de 1 μV;

•    MEASURED AREA OF THE RECTIFIED SIGNAL ENVELOPE (MARSE) : O circuito mede MARSE com uma precisão de ±5%;

•    TRUE ENERGY: O circuito mede True Energy com uma precisão de ±5%;

•    COUNTS (EVENTS);

•    HITS: A taxa de transferência de dados gravada é superior a 5000 hits/canal/seg. O sistema não tem nenhuma defasagem superior a 5 segundos entre a gravação e exibição de dados durante taxas elevadas;

•    DURATION OF PULSES;

•    RISING TIME OF PULSES:

O circuito do processador principal é capaz de processar Arrival Time, Hits, Counts, Peak Amplitudes, MARSE, True Energy, Duration e Rising time of pulses em cada canal, e medir Threshold com precisão de ±0,5 dB sobre um range de 100 dB. O circuito detecta Counts sobre nível de Threshold com precisão de ±2%.

•    Sensores ELTEST LD, LD3-03M (100-150 KHz);

•  Pré-amplificadores tipo LPA-01 (ganho 40,60 dB) com suportes magnéticos integrados. Cabos coaxiais tipo RG-58 com conectores BNC, atenuação do sinal é menor do que 0,5 dB x 30 m de comprimento do cabo. Filtros preliminares são colocados no pré-amplificador e fornecem 24 dB/octave de atenuação de sinal. Um filtro de frequência de filtragem principal com range de 100-150 kHz foi ligado no equipamento de EA.

CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES

As fontes se classificam de acordo com a sua atividade acústica e intensidade. Durante o ensaio são coletados dados de Contagem e Amplitude, de modo que para realizar a análise da atividade acústica de uma fonte, é feita a recontagem de eventos ou a recontagem das emissões, classificando-se como:

a)    Classe I - Considera-se que uma fonte é “NÃO ATIVA” se a emissão acústica da fonte for apresentada só uma vez durante o teste, neste caso não há ações de manutenção e  a região é determinada para histórico nas futuras inspeções;

b)       Classe II - Considera-se que uma fonte é “ATIVA” na classe 2, se sua recontagem de eventos ou sua recontagem de emissões continuas não aumentam com estímulos maiores ou constantes, neste caso será solicitada a programação de ensaios não destrutivos no local da atividade;

c)       Classe III - Considera-se que uma fonte é ativa na classe 3, se sua recontagem de eventos ou sua recontagem de emissões continua aumentam com estímulos maiores, neste caso a região é localizada e será solicitada a imediata realização de ensaios não destrutivos no local da atividade;

d)     Classe IV - Considera-se que uma fonte é criticamente ativa na classe 4, se o ritmo ou a velocidade de mudança de sua recontagem de eventos ou sua recontagem de emissões, com respeito ao estímulo, aumentam consistentemente ou se o tipo de mudança de sua recontagem de eventos ou a recontagem das emissões, com respeito ao tempo, aumenta de forma consistente ao estímulo constante, neste caso o ensaio deve ser interrompido e o vaso de pressão deve ser interditado, aplicado os ensaios não destrutivos para caracterização da emissão e o reparo realizado antes da entrada em operação.

APLICAÇÕES (Clique na aplicação para abrir mais informações)

1.    Emissão acústica em fundo e costado de tanques
2.    Emissão acústica em tanques criogênicos
3.    Emissão acústica em tubulaçoes aéreas
4.    Emissão acústica em tubulaçoes enterradas
5.    Emissão acústica em vasos de pressão enterrados
6.    Emissão Acústica em Vasos de Pressão
7.    Emissão Acústica em Vasos de Esferas
8.    Emissão Acústica em Equipamentos de PRFV (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro)
9.    Emissão Acústica em Transformadores
10.  Emissão Acústica em Cestas Aéreas
11.  Emissão Acústica na Avaliação de Viadutos e Estruturas de Concreto em Geral
12.  Emissão acústica em guindastes onshore e offshore
13.  Emissão acústica em pontes rolantes
14.  Emissão acústica em empilhadeiras
15.  Emissão acústica em caldeiras
16.  Emissão acústica em tanques de amônia
17.  Emissão acústica em equipamentos ferroviários
18.  Monitoramento “on line” através de emissão acústica
19.  Emissão acústica pontes rolantes